Mito de Alfeo e a Ninfa Arethusa
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Mito de Alfeo e a Ninfa Arethusa

  

Carlo Maratta: Alfeo e Arethusa (1655)

 

Arethusa era uma das ninfas que seguiram Artemis. Um dia, depois de uma caçada com a deusa, ele sentiu vontade de se refrescar no rio Alfeo, que corria em Olímpia (no Peloponeso), entre L'Elide e Arcádia. Aqui ela foi vista pelo deus do rio Alfeo, que se apaixonou por ela, assumiu formas humanas e a perseguiu na tentativa de possuí-la. Aretusa pediu ajuda a Artemis que, para salvá-la, a transformou em nascente fazendo-a afundar no subsolo e a guiou por ruas subterrâneas fazendo-a ressurgir na ilha de Ortigia, em Siracusa.

Syracuse - Fonte Aretusa - Obra de Tommaso Poidomani 

Alfeo, porém, já decidido a satisfazer seus desejos, por assim dizer, loucos, conseguiu encontrá-la, voltou a virar um rio e atravessou o mar até Ortigia para misturar as suas águas com as dela. É por isso que, segundo esta lenda, as águas de Arethusa di Sicilia são na verdade as do rio Alfeo.

Filippo Lauri: Alfeo e Arethusa (século XNUMX)

Diodorus Siculus fala desta fonte, não muito longe do templo de Artemis, em Siracusa[1], que diz que era particularmente rico em peixes sagrados e intocáveis. A união existente entre o rio Alfeo na Grécia e a nascente Arethusa de Siracusa, seria explicada pela antiga crença segundo a qual, quando os touros eram sacrificados no rio de Olímpia, as águas de Aretusa ficavam entorpecidas[2]. Além disso, diz-se que uma taça, vencida nos Jogos Olímpicos e lançada ao rio Alfeo, reapareceria na nascente de Siracusa.

É provável que a lenda de Aretusa e Alfeo tenha sido importada por alguns colonos de Elis, que participaram da fundação de Siracusa, e que as boas relações que Siracusa mantinha com esta região grega mantiveram vivo o culto a Aretusa nos siracusanos.

Na verdade, em Olímpia, o culto de Ártemis estava ligado ao de Alfeu, tendo as duas divindades em comum no mesmo altar[3]. Pausanias (lib VII 24,3) conta que alguns sacerdotes do templo de Artemis em Egio (na Grécia), atiraram focaccias ao mar dizendo que as enviaram a Arethusa da Sicília.

A famosa nascente, que se tornou um símbolo da cidade de Siracusa, ainda hoje flui não muito longe da igreja de S. Maria delle Colonne e é um destino turístico.

Como evidência do culto a Arethusa, muitas moedas com sua efígie foram encontradas. Em um decadrachma de prata de Siracusa, que remonta à época de Dionísio I, de um lado Victoria é representada voando em uma carruagem, do outro a cabeça de Aretusa cercada por golfinhos. A mesma figura (cabeça de Aretusa com golfinhos), uma imitação do modelo de Siracusa, é encontrada em um tetradracma de Palermo de cerca de 400 aC e em algumas moedas "púnicas-sicilianas" de cerca de 350 aC.

Até há pouco tempo circulavam notas de quinhentas liras que traziam, imitando-a de forma quase idêntica, a moeda de prata de Siracusa: a cabeça de Arethusa com golfinhos

[1] Diodorus Siculus lib. V.4

[2]  Strabo VI 2,4. 

[3] Pausânias Lib. VI.22.8

Alfeo e Aretusa - Castellammare di Stabia - Coleção Varone

Locais indicados no cadastro IWB da região da Sicília (Locais de Identidade e Memória) - Setor "Locais de metamorfose"

  • Foz dos Rios Anapo e Ciane (Siracusa)
  • Testa del Prisma (na nascente do rio Ciane (Siracusa)

 

Visitar Banco de dados do patrimônio cultural imaterial da Sicília  para aprender sobre outros ativos intangíveis

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